Mais de 20 mil servidores dos EUA planejam aceitar demissão voluntária proposta por Trump




Mais de 20 mil funcionários do governo dos Estados Unidos planejam aceitar a proposta do presidente Donald Trump para que sejam demitidos e recebam indenizações, disse a agência de notícias Reuters nesta quarta-feira, 5. As rescisões em larga escala acontecem uma semana após o governo instruir que servidores de “empregos de menor produtividade” deixem seus cargos e busquem trabalho na iniciativa privada, à medida que a Casa Branca procura implementar uma agenda de reestruturação federal.

Em resposta, sindicatos entraram com um processo ainda nesta quarta-feira para bloquear a oferta, cujo prazo é esta quinta-feira. Eles alegam que a sugestão de Trump é “arbitrária” e viola a lei federal. As organizações trabalhistas também afirmam que a Presidência não considerou a possibilidade de como a demissão em massa pode impactar a capacidade de funcionamento do governo. Ao todo, dois milhões de funcionários do governo são alvo da tentativa de rescisão de contrato.

Caso concordem com a oferta ainda esta semana, os servidores continuariam recebendo salários e benefícios até 30 de setembro, sem precisar trabalhar presencialmente ou com os cargos eliminados ao longo do tempo – custo que, segundo os sindicatos, o governo não é capaz de financiar. O Escritório de Gestão de Pessoal da Casa Branca, por sua vez, defendeu a legalidade do plano em um memorando nesta terça-feira.

O comunicado argumentou que o programa é voluntário e que faria parte de um amplo esforço para que os trabalhadores sejam ajudados enquanto o governo reduz o tamanho das agências federais. Funcionários da Segurança Pública – entre eles, controladores de tráfego aéreo, num contexto de recentes acidentes envolvendo aviões nos EUA – serão poupados do que a Casa Branca definiu como “programa de demissão diferida”.

+ Depois do FBI, funcionários da CIA recebem ultimato do governo Trump

CIA e FBI na mira

Na última sexta-feira, diversos funcionários do alto escalão do FBI, o serviço doméstico de Inteligência dos Estados Unidos, foram instruídos a se aposentar, renunciar, ou enfrentar a demissão. Entre eles, estavam pelo menos seis diretores-assistentes executivos, responsáveis por investigações criminais, de segurança nacional e cibernéticas, bem como chefes de escritórios do FBI em Miami e Las Vegas, afirmou o jornal americano The New York Times.


Os ultimatos vieram após o candidato de Trump para liderar o FBI, Kash Patel, afirmar durante uma audiência de confirmação na quinta-feira que não tomaria medidas contra adversários caso fosse confirmado como diretor da agência. Ele prometeu “um sistema de aplicação da lei desarmado e despolitizado completamente dedicado à obediência rigorosa à Constituição e a um padrão singular de justiça”.

Poucos dias depois, funcionários da Agência Central de Inteligência, a CIA, receberam ofertas de demissão voluntária, de acordo com fontes ouvidas pela emissora americana CNN. Em declarações anteriores, Trump e seus aliados alegaram que agentes da CIA faziam parte de um “Estado profundo” determinado a miná-lo.

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